O empenho em aprimorar as estratégias de enfrentamento à malária em Roraima, especialmente nas regiões indígenas, ganha força com o início da segunda fase do Treinamento para Testagem de G6PD (Glicose 6 Fosfato Desidrogenase) e algoritmo de tratamento da doença. A iniciativa, realizada em parceria entre o Ministério da Saúde e a Sesau (Secretaria de Saúde), teve início nesta terça-feira, 2, com a participação de profissionais de saúde do Distrito Sanitário Indígena Yanomami.
Durante os próximos dias, agentes de endemias, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e outros profissionais de saúde serão capacitados no auditório da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, no bairro São Francisco, em Boa Vista. Segundo Gerson Castro, gerente do Núcleo de Controle da Malária em Roraima, o objetivo é aprimorar os conhecimentos dos profissionais para garantir um tratamento mais ágil e eficaz aos pacientes indígenas.
Uma das novidades abordadas no treinamento é a utilização da tafenoquina, uma nova tecnologia incorporada ao SUS, que será uma alternativa ao tratamento convencional com primaquina. A tafenoquina será utilizada em associação à cloroquina por três dias, oferecendo a vantagem de ser prescrita em dose única. Essa mudança, prevista para o primeiro semestre de 2025, é uma resposta ao aumento significativo de casos de malária no Território Yanomami.
A testagem de G6PD desempenha um papel crucial no tratamento da malária, especialmente em áreas vulneráveis como os territórios indígenas. Essa substância protege a hemoglobina contra danos provocados por estresse, contribuindo para evitar recaídas e assegurando a continuidade do tratamento. Para profissionais como o infectologista Oneron Pithan, essa capacitação é de suma importância, pois oferece ferramentas adicionais para o controle eficaz da doença, especialmente em populações indígenas.
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