Farmacêuticos em Roraima sinalizam estado de greve contra rede Pague Menos
Categoria exige ACT, piso salarial e valorização; possível paralisação sinaliza riscos ao atendimento farmacêutico na rede.

Em Roraima, farmacêuticos da rede Pague Menos, representados pela Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR) e o Conselho Regional de Farmácia de Roraima (CRF/RR), preparam possível paralisação dos serviços farmacêuticos locais após sucessivas tentativas de negociar um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sem resposta da empresa. A categoria anunciou ter protocolado o “Estado de Greve” como forma de pressionar por avanços nas exigências salariais e profissionais.
O movimento, segundo comunicado conjunto das entidades, será fortalecido com a presença do presidente da FENAFAR, Fábio Basílio, que estará em Boa Vista para apoiar a mobilização. A rede Pague Menos, que possui unidades em Roraima e atua como grande rede de farmácias do Brasil, não teria ainda apresentado contraproposta ou diálogo formal recente com os farmacêuticos locais.
As principais reivindicações envolvem a assinatura imediata de um ACT, o estabelecimento de piso salarial digno para farmacêuticos, a valorização da categoria por meio de benefícios e condições de trabalho mais favoráveis. O respaldo institucional vem também do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e do CRF/RR, conforme o conselheiro federal Adônis Motta.
Caso a greve se efetive, haverá impacto direto para a população: a Pague Menos trata como rede de assistência farmacêutica e comercialização de medicamentos em todo o País e em Roraima, a paralisação total dos farmacêuticos pode obrigar as unidades a interromperem o funcionamento regular. Isso porque, segundo a legislação vigente, o funcionamento de farmácias depende da presença de profissional farmacêutico registrado e em efetivo exercício.
Embora em Roraima o contexto ainda pareça de “sinal de greve”, o histórico nacional da rede inclui disputas com a categoria farmacêutica — como o caso de Pernambuco, em 2022, quando o sindicato local acusou a empresa de recusar reajuste salarial de 8,5% para farmacêuticos. Outro exemplo: condenação da Pague Menos ao pagamento de adicional de insalubridade a farmacêuticos no Piauí, em 2023.
Enquanto isso, os farmacêuticos locais seguem mobilizados, com grupos organizando encontros, assembleias e entregas de comunicados nas unidades da rede. A empresa ainda não emitiu posicionamento oficial público acerca das negociações em Roraima até a data desta publicação. A mobilização deve permanecer em evolução nas próximas semanas, e qualquer nova movimentação será crucial para consumidores, profissionais e para o sistema de saúde estadual.
O portal Roraima na Rede manteve contato com uma das gerentes da rede,que alegou não poder falar nada sobre o assunto no momento. O espaço continua aberto para o pronunciamento da empresa.
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