Uma operação da Polícia Civil de Roraima (PCRR), deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 21, resultou no cumprimento de mandado de busca e apreensão contra um empresário de 27 anos, identificado como E.T.A., investigado por extorsão qualificada e tentativa de obstrução de Justiça. A ação foi conduzida pelo 1º Distrito Policial (1º DP), com apoio do Grupo de Resposta Tática (GRT), e teve como alvo a residência do suspeito, localizada em Boa Vista.

De acordo com as investigações, o empresário, que atua no ramo de veículos automotores, é acusado de extorquir uma idosa de 67 anos, mãe de um homem com quem ele mantinha uma dívida ainda não vencida.

Para pressionar a vítima, o investigado teria ameaçado de morte o filho da idosa e realizado diversas visitas à residência dela, ao local de trabalho da esposa do homem ameaçado e ao sítio da família, exigindo pagamentos indevidos. Temendo pelas represálias, a mulher acabou realizando transferências bancárias em favor do suspeito.

O delegado titular do 1º DP, Vinícius Souza, explicou que o empresário, ao perceber o avanço das apurações, passou a tentar coagir a vítima, exigindo que ela retirasse a denúncia feita à Polícia Civil. Essa tentativa de interferência direta no curso da investigação motivou o pedido judicial de busca e apreensão, que foi prontamente autorizado pelo Poder Judiciário.

“O investigado tentou, de várias maneiras, obstruir o andamento das investigações, inclusive pressionando a vítima a alterar sua versão dos fatos. A operação de hoje teve como objetivo reunir novas provas e interromper o ciclo criminoso”, destacou o delegado Vinícius Souza.

Durante o cumprimento do mandado, os policiais apreenderam um aparelho celular e uma arma de fogo que estavam em posse do empresário. O material será encaminhado à perícia técnica, e os resultados devem contribuir para o aprofundamento das investigações, que agora buscam identificar possíveis cúmplices e a extensão dos danos sofridos pela vítima.

A PCRR reforça que casos de extorsão, ameaça ou coação devem ser denunciados de forma imediata às autoridades, por meio do número 197, canal direto com a Polícia Civil, garantindo sigilo total ao denunciante