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Boa Vista,19/10/2025

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Polícia Civil intensifica combate à violência doméstica e prende três homens por descumprimento de medidas protetivas em Boa Vista

Prisões ocorreram em 72 horas e fazem parte de uma ofensiva permanente da PCRR contra agressores reincidentes e casos de violência familiar

ASCOM/PCRR
Polícia Civil intensifica combate à violência doméstica e prende três homens por descumprimento de medidas protetivas em Boa Vista Agentes da Polinter durante operação em Boa Vista que resultou na prisão de três homens por descumprimento de medidas protetivas de urgência

A Polícia Civil de Roraima (PCRR) intensificou, nesta semana, as ações de enfrentamento à violência contra a mulher e ao descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs). Em um intervalo de 72 horas, três homens foram presos preventivamente em Boa Vista, em operações conduzidas pela Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter). As prisões ocorreram entre os dias 15 e 17 de outubro, mas, segundo atualização desta sexta-feira (18), a Polícia Civil deve deflagrar novas ações nos próximos dias como parte de um plano contínuo de fiscalização das medidas protetivas no estado.

Os presos — identificados pelas iniciais R.C.S. (31 anos), A.P.D.S. (31 anos) e V.R.S. (41 anos) — foram detidos por descumprir medidas judiciais em diferentes casos de violência doméstica e familiar.

As ações foram coordenadas pelo delegado Alexandre Matos, titular da Polinter, e pelo diretor interino do Departamento de Operações Especiais (Dopes), delegado Herbert de Amorim Cardoso, em cumprimento a determinações do 1º Juizado de Violência Doméstica e do Núcleo de Plantão Judicial e Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).

De acordo com a Polinter, o caso de V.R.S., preso no bairro Senador Hélio Campos, exemplifica o risco enfrentado por mulheres que vivem sob constante perseguição e ameaças. O homem, reincidente, descumpriu reiteradamente ordens judiciais, chegando a procurar a vítima mesmo após mudança de endereço.

As investigações apontam que ele fazia uso de drogas e mantinha comportamento agressivo, enviando mensagens nas quais dizia “ouvir vozes” que o mandavam matá-la. Após nova violação da MPU, o Poder Judiciário converteu a medida em prisão preventiva.

No bairro Caranã, a Polícia Civil prendeu A.P.D.S., também por desobedecer uma medida protetiva solicitada pela ex-companheira. Segundo a vítima, o acusado a ameaçava constantemente, afirmando que “enquanto ela tiver vida, teria de ficar com ele”.

O homem, usuário de drogas, mantinha histórico de violência psicológica e perseguição após o término do relacionamento. O descumprimento da MPU levou o juízo competente a decretar sua prisão preventiva, cumprida pela Polinter em menos de 24 horas.

O terceiro caso, que chocou os agentes pela gravidade, envolveu R.C.S., detido no conjunto Cidadão. Ele havia descumprido medida protetiva solicitada pela própria mãe, de 57 anos, e pela irmã, de 22. O acusado, segundo relato das vítimas, chegou embriagado e sob efeito de drogas à residência familiar, onde ameaçou os parentes com uma faca e agrediu fisicamente a irmã.

As duas mulheres relataram viver sob medo constante, afirmando que o homem, integrante de facção criminosa e recém-saído do sistema prisional, havia prometido matar todos os moradores da casa. Diante da gravidade dos fatos, o Ministério Público de Roraima (MPRR) requereu e o Judiciário decretou a prisão preventiva.

Os três acusados foram conduzidos à sede da Polinter, onde tiveram as prisões formalizadas e, posteriormente, foram encaminhados ao sistema prisional após audiência de custódia.

De acordo com o delegado Alexandre Matos, as prisões representam “um alerta àqueles que insistem em desafiar decisões judiciais e ameaçar a vida das mulheres sob proteção da lei”.


“Estamos intensificando as fiscalizações e o cumprimento das medidas protetivas. A tolerância será zero com qualquer forma de violência ou desrespeito às determinações judiciais. Cada prisão é uma resposta direta à sociedade e um reforço ao compromisso da Polícia Civil com a proteção das vítimas”, afirmou Matos.

A PCRR informou ainda que outras diligências estão em andamento para localizar suspeitos que seguem descumprindo medidas protetivas em diferentes regiões do estado.

O trabalho é realizado de forma integrada com o Ministério Público e o Poder Judiciário, dentro da política estadual de combate à violência doméstica.





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