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Boa Vista,19/10/2025

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Trump autoriza CIA a realizar operações secretas e militares na Venezuela

Presidente dos EUA amplia ofensiva contra o regime de Nicolás Maduro com ações letais e possíveis incursões terrestres, sob alegação de combate ao tráfico de drogas

Foto: O GLOBO
Trump autoriza CIA a realizar operações secretas e militares na Venezuela Militares norte-americanos em operação no Caribe: ofensiva contra o tráfico reacende tensões com o regime de Nicolás Maduro e preocupa governos latino-americanos.

O governo dos Estados Unidos autorizou recentemente a realização de operações secretas na Venezuela, incluindo ações paramilitares com potencial letal, visando combater o tráfico de drogas e desestabilizar o regime de Nicolás Maduro. Essa decisão, tomada pelo presidente Donald Trump, marca uma intensificação significativa nas ações americanas na região, com implicações profundas para a soberania venezuelana e a dinâmica geopolítica latino-americana.

Conforme reportado pelo The Wall Street Journal, Trump autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e desestabilizar o regime de Maduro. Essa autorização permite que a agência realize ações paramilitares, incluindo operações letais, contra o governo venezuelano e organizações criminosas associadas.

A decisão foi justificada com base em alegações de que a Venezuela estaria facilitando o tráfico de drogas e permitindo a entrada de criminosos nos Estados Unidos. No entanto, essa medida tem gerado preocupações sobre sua legalidade e eficácia.

Paralelamente, os Estados Unidos intensificaram suas operações militares no Caribe, com a realização de ataques aéreos em embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas. Desde setembro de 2025, cinco ataques foram confirmados, resultando na morte de pelo menos 27 indivíduos.

Essas operações foram justificadas pelo governo americano com base na alegação de que as embarcações estavam associadas a organizações terroristas designadas, como o Tren de Aragua. No entanto, a falta de evidências públicas tem gerado críticas e questionamentos sobre a legalidade dessas operações sob o direito internacional.

Potencial para Ações Terrestres

Em uma declaração recente, Trump sugeriu a possibilidade de ações militares terrestres na Venezuela, afirmando que os traficantes de drogas poderiam ser alvos legítimos de ataques. Essa declaração levantou preocupações sobre uma possível escalada do conflito e a violação da soberania venezuelana.

Especialistas em direito internacional alertam que tais ações poderiam ser consideradas ilegais, a menos que haja uma declaração formal de guerra ou uma ameaça iminente à segurança nacional dos Estados Unidos.

A intensificação das operações dos EUA na região tem gerado reações internacionais. O presidente colombiano Gustavo Petro sugeriu que o Catar poderia atuar como mediador para persuadir os Estados Unidos a cessar suas ações militares no litoral venezuelano, considerando-as desproporcionais e comparando-as a assassinatos extrajudiciais. Além disso, o governo venezuelano tem denunciado as operações como violações da soberania nacional e do direito internacional.

Implicações para a Política Externa dos EUA

A decisão de autorizar operações secretas e militares na Venezuela reflete uma abordagem mais agressiva da administração Trump em relação à América Latina.

Essa estratégia tem sido criticada por especialistas que argumentam que ela pode levar a uma maior instabilidade na região e prejudicar os esforços diplomáticos para resolver questões como o tráfico de drogas e a migração.

Além disso, há preocupações sobre a eficácia dessas operações, dado que o tráfico de drogas na região é um problema complexo que envolve múltiplos países e fatores.

A autorização de operações secretas e militares na Venezuela representa uma escalada significativa na política externa dos Estados Unidos em relação à América Latina.

Embora o governo americano justifique essas ações como necessárias para combater o tráfico de drogas e desestabilizar o regime de Maduro, há preocupações sobre sua legalidade, eficácia e as possíveis repercussões para a soberania venezuelana e a estabilidade regional.

A comunidade internacional continuará a observar de perto os desenvolvimentos dessa situação e suas implicações para as relações internacionais.







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