Homem é preso em Boa Vista após se passar por instalador de mármore para assaltar idosa
Condenado a mais de 11 anos de prisão, criminoso foi localizado pela Polinter no bairro Buritis após sentença definitiva por roubo qualificado.

A Polícia Civil de Roraima (PCRR) prendeu, nesta segunda-feira (13), um homem condenado por roubo qualificado que se passou por instalador de mármore para assaltar uma residência no bairro Liberdade, em Boa Vista. O acusado, identificado como G.V.N., de 32 anos, foi capturado por agentes da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) no bairro Buritis, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).
A prisão foi coordenada pelo delegado Alexandre Matos, titular da Polinter, após o trânsito em julgado da sentença condenatória que determinou pena de 11 anos, cinco meses e 15 dias de reclusão em regime fechado. O crime ocorreu em 13 de maio de 2023, quando o acusado e um comparsa invadiram uma casa se passando por prestadores de serviço.
Segundo a investigação, a vítima, uma idosa de 64 anos, aguardava a chegada de um profissional conhecido como “o rapaz das pedras”, contratado para instalar mármore na residência.
Aproveitando-se da situação, G.V.N. e o cúmplice se apresentaram como os supostos instaladores, ganhando a confiança da mulher. Ao abrir o portão, ela foi rendida sob a mira de uma arma de fogo, enquanto o criminoso abria o portão por completo para permitir a entrada do comparsa com um veículo.
Além da idosa, um neto da vítima, uma diarista e um prestador de serviço também foram rendidos e obrigados a deitar no chão. Sob ameaças constantes, os criminosos roubaram celulares, um notebook e documentos pessoais, além de revirarem a casa em busca de dinheiro e de um cofre.
As imagens das câmeras de segurança foram fundamentais para identificar o veículo usado no crime e relacionar os autores ao roubo. De acordo com o relatório da Seção de Investigação e Operação (SIOP) do 2º Distrito Policial (DP), um dos telefones roubados foi encontrado escondido debaixo de um colchão, e outro foi recuperado após o comparsa vender o aparelho para uma enteada menor de idade por R$ 450. A adolescente foi levada à delegacia para prestar depoimento, e o celular foi devolvido à vítima.
Após o inquérito policial, a delegada responsável pelo caso representou pela prisão preventiva dos acusados, medida acolhida pela Justiça. Com a condenação definitiva, a Polinter deu cumprimento ao mandado e conduziu G.V.N. à delegacia para os trâmites legais. Ele foi posteriormente encaminhado à audiência de custódia e deve ser transferido para o sistema prisional do Estado.
A captura encerra um caso que chocou pela forma ardilosa da abordagem. A Polícia Civil reforça a importância de verificar a identidade de prestadores de serviço e comunicar às autoridades qualquer comportamento suspeito para evitar golpes semelhantes.
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