É razoável afirmar, que vivemos em tempos em que amor por prazeres sobrepõem-se na escala de valores dos estudantes. Reflitamos um pouco sobre a conjuntura do comportamento estudantil dos juvenis e adolescentes! Qual desses, nunca atrasou a entrega de um trabalho escolar, por razão do futebol, da Netflix, da academia ou do Free fire? Mais ainda, quem nunca deixou de estudar para prova ou fazer um exercício de fixação, por estar distraído nas redes sociais, ou porque estava editando publicações no Instagram, ou gravando Tik Tok, ou curtindo status? Quem nunca perdeu a entrega de um trabalho, de uma pesquisa, de um bloco de documentos ou até mesmo a entrada no local de prova, ou na sala de aula, por ter dado mais atenção a uma atividade prazerosa, ou a uma pessoa especial, ou a ídolos nas redes sociais? Então, é exatamente esses comportamentos que, quando se tornam um padrão de conduta, estabelecem a procrastinação que nada mais é, do que o resultado de um padrão cerebral inato que tende escolher sempre algo prazeroso ao invés de algo considerado traumático e/ou pesaroso.
A prática da procrastinação associada a outros fatores já expostos nos textos anteriores reflete o alto índice de desprestígio dos alunos pelo ambiente escolar e, pela atenção a todo e qualquer componente curricular. Ou seja, além do <Monstro> da aberração didática praticada por alguns professores diante das indeterminações e equívocos curriculares (ver textos anteriores), ainda existe esse “fantasma” da procrastinação que afeta a efetivação das atividades da maioria dos estudantes adolescentes.
As atividades de matemáticas, assim como, as demais atividades escolares que exigem concentração e empenham habilidades de resolução de problema, com emprego da mobilização dos saberes e conhecimentos dos estudantes, além de manterem a atividade cerebral em condições positivas, podem ser fortes aliados no controle da ansiedade, com chances de agirem positivamente contra o aparecimento precoce de disfunções cerebrais, como por exemplo; o mal de Alzheimer. Todavia a procrastinação velada, tem efeito contrário. Ou seja, devido as constantes pressões e cobranças dos docentes e dos familiares, combinadas com o peso de consciência devido os prejuízos escolares decorrentes dos atrasos e baixos rendimentos, os estudantes entram em colapso, apresentando crise de pânico por falta de responsabilidade com as atividades estudantis e crise de ansiedade por consciências dos cenários pós-resultados precários que envolvem críticas depreciativas motivadas pelo prejuízo moral e, decorrentes percas de privilégios.
Certamente, a gestão das atividades dos estudantes extrapola os domínios dos professores que esperam contar com a ajuda da gestão da escola e dos pais ou responsáveis.
Em guisa paralela, a gestão das emoções dos estudantes extrapola o domínio dos pais e responsáveis, de modo que muitas vezes estão em ordem psicológicas de grau superior e relacionadas com as dificuldades desses estudantes para lidar com a crítica, com a rejeição e muitas vezes, com percas de familiares importantes na base familiar ou de “relacionamentos Tóxicos” inventados. Nesse sentido, algumas famílias já enfrentaram casos de (tentativa) ou suicídio consolidado, casos de Anorexia e ou de mutilações parciais dos membros em decorrência do excesso de atenção que os adolescentes dedicam à prazeres que se convertem em fatores de procrastinação das atividades escolares.
Embora o controle absoluto da procrastinação seja algo muito complicado para professores e familiares, os fatores promotores de procrastinação podem ser sentidos com mais força pelos professores, do que pelos familiares e responsáveis. Entretanto, ambos entes educacionais, devem agir de forma cooperada em favor da gestão de controle desses fatores, em favor do bem-estar e da saúde mental dos estudantes adolescentes.