Nos últimos dias não tem se falado em outra coisa na Internet e na imprensa tradicional a não ser na tecnologia de Inteligência Artificial (AI) ChatGPT, novidade que promete mudar radicalmente a forma como lidamos com pesquisa e produção de conteúdo na Web. Aplicativo que parece ter saído do filme Matrix, o ChatGPT é capaz de responder a perguntas com textos detalhados que até parecem ter sido escrito por humanos. Tão impressionante quanto os resultados obtidos no uso da nova tecnologia movida a IA, é o fabuloso número de 100 milhões de usuários alcançados por ele até o mês de janeiro.
Desde o seu lançamento em 2019, o ChatGPT tem sido um dos principais destaques da OpenAI, a empresa de inteligência artificial cofundada pelo bilionário e dono do Twitter, Elon Musk. Com seu avançado treinamento em linguagem natural, o ChatGPT é capaz de conversar com as pessoas de maneira quase humana, respondendo perguntas e gerando textos a partir de uma ampla gama de tópicos. A explosão do uso do ChatGPT fez outras gigantes de tecnologia a correrem para desenvolver aplicações semelhantes. A Alphabet, dona do Google, por exemplo, se apressou em lançar o Bard, mas as respostas imprecisas dadas pela tecnologia AI da gigante de Cupertino a fez perder nada menos do que U$ 100 bilhões em seu vakor de marcado de uma só vez.
O uso do ChatGPT coloca em xeque a forma como estudamos, pesquisamos conteúdo, escrevemos trabalhos escolares e científicos e até mesmo livros e matérias de jornal. E nessa discussão entra questões éticas e morais. Será que aquela tradicional redação recomendada pelo professor sobre a obra de Guimarães Rosa foi escrita pelo aluno ou pela tecnologia de Inteligência Artificial? E o TCC de conclusão de curso universitário? Escolas americanas já proibiram o uso do site/aplicativo em seus computadores. No Brasil e no mundo já há relatos de editoras que publicaram livros inteiros escritos pelo ChatGPT.
Por tudo isso, a novidade e o sucesso do ChatGPT também têm sido acompanhados por polêmicas e debates sobre seus impactos na sociedade. Alguns temem que a evolução da inteligência artificial possa levar ao desemprego em massa e à automatização de muitas profissões, enquanto outros argumentam que as tecnologias como o ChatGPT poderão ajudar a resolver problemas complexos e melhorar a vida humana de várias maneiras. Na verdade as duas possibilidades são potencialmente plausíveis.
Outra questão em debate é o potencial de abuso do ChatGPT. Com sua habilidade para imitar conversas humanas, há preocupações de que possa ser usado para fins maliciosos, como a disseminação de notícias falsas ou o engajamento em conversas para influenciar opiniões políticas. Hackers já usam a base de códigos sobre o qual foi construído o ChatGPT para construir alternativas ainda mais independentes, que dê respostas menos comportadas e não tão politicamente corretas para as perguntas, pedidos e pesquisas dos usuários.
No final, a novidade e a polêmica em torno do ChatGPT refletem as complexas questões éticas e sociais que envolvem a evolução da tecnologia de inteligência artificial. Enquanto a OpenAI e outros desenvolvedores de tecnologias semelhantes trabalham para garantir que seus produtos sejam seguros e éticos, é importante que a sociedade continue a debater e a refletir sobre como podemos usar essas tecnologias para o bem da humanidade.
Em resumo, o ChatGPT é uma tecnologia de inteligência artificial avançada que tem o potencial de transformar a forma como as pessoas se comunicam e resolvam problemas. No entanto, também é importante reconhecer os riscos potenciais e trabalhar para garantir que sejam usados de maneira responsável e ética.