Uma parceria inédita firmada entre Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Polícia Federal tem diminuído o tempo de espera das pessoas refugiadas e migrantes para sua regularização migratória no país, executada exclusivamente pela PF em Roraima, no contexto da Operação Acolhida.
O PI-TRIG, novo sistema noturno de atendimento para documentação em Boa Vista, executado de forma conjunta pela Polícia Federal, ACNUR, Operação Acolhida e Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil) atende, em média, 500 pessoas por dia para a documentação. São cerca de 400 atendimentos no período diurno, que ocorre entre 8h e 18h, e outras 100 vagas na atenção noturna, que começa às 18h e se estende até às 23h.
“Meu irmão, que está no Brasil há cerca de um ano, levou muito tempo para conseguir a documentação. Eu cheguei há pouco tempo e vindo ao PI-TRIG hoje consegui meu documento no mesmo dia”, conta Bolboa, de 37 anos, que está no Brasil há duas semanas. Agora, a regularização migratória em mãos, ele poderá ter um emprego formal, acessar plenamente serviços públicos e viajar a outros estados do Brasil, inclusive por meio da estratégia de interiorização do governo federal.
Por meio da parceria, o ACNUR viabiliza o aporte de dez trabalhadores humanitários que auxiliam a PF nos registros de dados e processos necessários para a documentação, como fotografias das pessoas refugiadas e migrantes e identificação por meio de digitais.
“Ficamos honrados em ver a confiança que a Polícia Federal deposita no ACNUR e em outras agências da ONU para apoiar com a documentação em Roraima. Quando documentadas, pessoas refugiadas podem mais facilmente ir à escola, receber cuidados de saúde, ganhar a vida, casar e fazer todas as outras coisas que consideramos importantes para uma vida plena”, diz Oscar Sanchez Piñero, chefe de escritório do ACNUR em Roraima.
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