A falta de cuidado na compra de materiais da saúde vai gerar um prejuízo de mais de R$ 445.960,00 aos cofres públicos, sem contar o preço que ainda será pago para efetuar o descarte do material vencido. A notícia foi divulgada pelo jornalista Wendell Reis, do site Investiga MS.

A Prefeitura de Dourados terá que jogar fora 165 mil unidades de materiais de insumo ou produtos que venceram na gestão do ex-prefeito. Na lista há materiais que estão vencidos desde o ano de 2019. Chama atenção 72.000 unidades de coletor universal, utilizado para exame de urina. As unidades venceram em janeiro deste ano e hoje estão em falta nas unidades de saúde do Município.

Só com coletores, serão jogados R$ 30.960,00 no lixo, e não é qualquer lixo. A prefeitura ainda terá que pagar, aproximadamente, R$ 8 reais por quilo de produto vencido, já que é necessário fazer um descarte legal. O produto mais caro da lista é o ionômero fotopolimerizável, um material odontológico usado para forramento e restauração dentária. Serão jogados no lixo 2.500 unidades do material, que teve custo de R$ 309.750,00. Os produtos venceram em julho do ano passado.

A relação foi encaminhada após ofício da Câmara de Dourados. O deputado Zé Teixeira (PSDB), que apresentou o documento à reportagem, demonstrou preocupação com o desperdício de dinheiro público e, mais que isso, a falta que acaba fazendo no atendimento a quem precisa do serviço público. 

“Eu entrei em contato com a atual administração, porque isso é tudo pela falta de cuidado da gestão anterior. Agora, ainda vão ter que gastar dinheiro para descartar o material vencido, enquanto falta lá no posto pra quem precisa de atendimento. O novo secretário me garantiu que vai modificar a forma de distribuição para que isso não se repita”, declarou o deputado.

A reportagem do site Investiga MS entrou em contato com o ex-prefeito de Dourados, mas ele não respondeu o questionamento até a publicação da matéria, no último dia 16.