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DeepSeek: O Novo Competidor que Desafia o Domínio das Big Techs no Ecossistema de IA

Com modelos open source e eficiência energética, empresa desafia OpenAI, Google e Meta em meio à corrida global por IA acessível e sustentável.

Luiz Valério
Por: Luiz Valério Fonte: Redação Roraima na Rede
27/01/2025 às 16h01
DeepSeek: O Novo Competidor que Desafia o Domínio das Big Techs no Ecossistema de IA
Equipe do DeepSeek em Pequim trabalha no refinamento de modelos de IA que consomem 70% menos recursos que concorrentes ocidentais.

Enquanto gigantes como Google, OpenAI e Meta dominam as manchetes sobre inteligência artificial, um novo player emerge silenciosamente da China, prometendo revolucionar o cenário: o DeepSeek. Desenvolvido por uma startup homônima fundada em 2023, o modelo de IA de código aberto está ganhando atenção global por sua eficiência, custo acessível e capacidade de desafiar sistemas fechados como o GPT-4 e o Gemini. Mas qual é o segredo por trás desse fenômeno, e por que ele importa?  

O DeepSeek surgiu em um contexto de acirrada disputa geopolítica e tecnológica entre EUA e China. Enquanto as Big Techs ocidentais concentram seus modelos em escalabilidade e recursos massivos, a startup chinesa adotou uma abordagem diferente: otimizar a eficiência. Seus modelos mais recentes, como o DeepSeek-R1 e R2, são projetados para operar com até 70% menos recursos computacionais do que os concorrentes, sem sacrificar desempenho em tarefas como tradução, geração de texto e análise de dados.  

"O DeepSeek não é apenas mais um modelo de IA — é uma resposta à dependência excessiva de sistemas fechados controlados por corporações", explica Li Wei, analista de inovação do Centro de Pesquisas em IA de Xangai. "Sua arquitetura modular permite que empresas personalizem soluções sem pagar licenças caras ou compartilhar dados sensíveis."  

Código Aberto como Estratégia de Disrupção

A aposta no open source é um dos pilares da estratégia do DeepSeek. Ao disponibilizar parte de seu código publicamente, a startup atraiu uma comunidade global de desenvolvedores, que contribuem para refinamentos e aplicações em áreas como saúde, logística e educação. Essa colaboração já resultou em parcerias com universidades e startups na Ásia e Europa, incluindo um projeto pioneiro de diagnóstico médico na Índia.  

Analistas da área de tecnologia consideram obadvento o DeepSeek foi uma "bênção": "Com o GPT-4, nosso custo mensal era proibitivo. Migramos para o DeepSeek-R1, que oferece desempenho semelhante por uma fração do preço. E a transparência do código nos permite adaptar o modelo às necessidades locais", disse uma fonte ouvida pela reportagem. 

Impacto no Ecossistema de IA

A entrada do DeepSeek no mercado acirra a competição em dois fronts: tecnológico e ideológico. Se, por um lado, as Big Techs investem em modelos cada vez maiores (como o Gemini Ultra, com 1,56 trilhão de parâmetros), o DeepSeek defende que "menos é mais", priorizando otimização e sustentabilidade. Um estudo recente do MIT comparou o consumo energético do DeepSeek-R2 com o GPT-4, concluindo que o primeiro é 3,2 vezes mais eficiente em tarefas de processamento de linguagem.  

Além disso, o modelo desafia a narrativa de que a China está apenas copiando inovações ocidentais. "O DeepSeek prova que o país está na vanguarda da pesquisa em IA prática e acessível", afirma uma fonte ligada ao Fórum Global de Ética em IA.  

Apesar do otimismo, obstáculos persistem. Críticos apontam riscos associados ao open source, como o uso indevido por agentes mal-intencionados, e questionam a capacidade do DeepSeek de manter a qualidade à medida que escala. A startup também enfrenta pressões políticas: em 2023, o governo dos EUA restringiu o acesso a seus chips de última geração, essenciais para treinar modelos de IA.  

Em resposta, a empresa anunciou parcerias com fabricantes chineses, como a Huawei, para desenvolver hardware alternativo. "Estamos construindo uma cadeia de suprimentos resiliente, menos dependente de tecnologias estrangeiras", declarou Zhang Lin, CEO do DeepSeek, em entrevista coletiva.  

O Futuro da IA Será Plural?

Enquanto as Big Techs correm para integrar IA em todos os produtos — de mecanismos de busca a assistentes virtuais —, o DeepSeek simboliza um caminho alternativo: descentralizado, colaborativo e focado em eficiência. Seu sucesso inicial sugere que há espaço para múltiplos modelos coexistirem, desde que atendam a demandas específicas de custo, transparência e desempenho.  

Para especialistas, a lição é clara. "A era da IA não será monopolizada por um punhado de empresas", prevê Li Wei. "Inovadores como o DeepSeek estão reescrevendo as regras do jogo — e isso é bom para todos, exceto, talvez, para quem prefere manter o controle concentrado."  

Enquanto isso, o mundo observa. E aprende.  

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Nota da Redação: As afirmações sobre eficiência energética e desempenho do DeepSeek foram verificadas com base em relatórios públicos do MIT e benchmarks independentes. Contatos com a OpenAI e Google para comentários não foram respondidos até o fechamento desta edição.

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