O senador Hiran Gonçalves (Progressistas-RR) intensificou os esforços diplomáticos para reverter o fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela, decretado unilateralmente pelo governo venezuelano.
Em ofício enviado ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta sexta-feira (10), o parlamentar pediu providências imediatas para garantir o retorno seguro de caminhoneiros brasileiros retidos no país vizinho e normalizar o fluxo comercial e humanitário entre as nações.
"O Brasil deve agir com firmeza diplomática para reabrir a fronteira e assegurar o direito de trânsito de nossos cidadãos", declarou Hiran. Ele alertou para os impactos econômicos e humanitários da medida, que afeta o transporte de mercadorias essenciais, prejudicando brasileiros e venezuelanos.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador condenou o fechamento da fronteira como uma atitude arbitrária do governo de Nicolás Maduro. Ele enfatizou que a medida interrompe o trânsito de cargas vitais para o povo venezuelano e cria dificuldades para os caminhoneiros brasileiros.
"Estamos diante de uma postura tirana que penaliza cidadãos de ambos os países", afirmou Hiran, destacando que já retornou a Brasília para acompanhar o caso e pressionar o Itamaraty por uma solução.
O fechamento da fronteira ocorreu na manhã desta sexta-feira, coincidindo com a posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato como presidente da Venezuela. A aduana de Santa Elena de Uairén foi reforçada por militares da Guarda Bolivariana, enquanto o lado brasileiro, em Pacaraima (RR), permanece tranquilo.
A reeleição de Maduro foi alvo de controvérsias, com denúncias de fraudes e contestação de opositores como Edmundo González, que busca apoio internacional para contestar o governo venezuelano.
Além de afetar diretamente caminhoneiros brasileiros, a interrupção no trânsito na fronteira compromete o abastecimento de mercadorias em ambos os países, agravando a crise humanitária na Venezuela.
O comércio bilateral, essencial para a economia de Roraima e para o acesso da população venezuelana a produtos básicos, também sofre impactos severos.
Hiran Gonçalves reiterou a necessidade de uma resposta rápida e efetiva por parte do governo brasileiro. "Confio na capacidade do Itamaraty de conduzir as negociações com habilidade e resolver esse impasse em defesa dos interesses nacionais", concluiu.