A 43ª edição da Expoferr (Exposição Feira Agropecuária de Roraima) de 2024 termina neste sábado (9) e trouxe um ambiente propício para o fortalecimento das relações comerciais e turísticas entre o Brasil e seus vizinhos Venezuela e Guiana. Representantes do setor de turismo da região de Gran Sabana, na Venezuela, e da cidade de Lethem, na Guiana, marcaram presença na feira, reforçando o potencial de intercâmbio turístico e a cooperação transfronteiriça.
Convidados pelo diretor do Departamento de Turismo (Detur) da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Bruno Muniz de Brito, os empresários venezuelanos vieram com o objetivo de divulgar as belezas naturais e culturais da Gran Sabana para o público brasileiro.
Com paisagens exuberantes, montanhas majestosas e quedas d’água, a região é um dos destinos mais procurados na Venezuela, atraindo turistas em busca de aventura e contato com a natureza. Segundo Bruno, essa iniciativa é um passo estratégico para fortalecer a rota turística nas fronteiras, especialmente entre Brasil, Venezuela e Guiana.
Liderada pela secretária de Turismo de Bolívar, Keyla Peñalver, a delegação venezuelana espera que a feira contribua para reativar o fluxo de visitantes brasileiros à região. A presença dos empresários venezuelanos na Expoferr é resultado direto de encontros realizados em Santa Elena, na fronteira, nos dias 8 e 9 de outubro. Na ocasião, discutiu-se como tornar o turismo transfronteiriço mais seguro e acessível, e o governador do estado de Bolívar, Ángel Marcano, comprometeu-se a priorizar a segurança dos turistas brasileiros.
Do lado guianense, a região de Rupununi, onde fica Lethem, vem se destacando no etnoturismo, no turismo de aventura e no ecoturismo. Com características geográficas e culturais semelhantes às de Roraima, a região atrai visitantes interessados na interação com a natureza e na vivência de tradições locais.
Os empresários da Guiana participaram da Expoferr com o propósito de fortalecer a integração econômica e social, promovendo um turismo sustentável e reforçando a proximidade entre as comunidades dos dois lados da fronteira.
Com uma expectativa de movimentar R$ 600 milhões em negócios, a Expoferr 2024 não se limitou ao agronegócio, incluindo também setores de economia criativa e inovação. A feira, além de fomentar a economia local, tem servido como ponto de encontro e de intercâmbio cultural e comercial, favorecendo uma visão integrada da economia roraimense e fronteiriça.
Segundo Bruno Muniz, a participação dos empresários venezuelanos e guianenses não só enriquece a feira, como também amplia o alcance do turismo de Roraima e fortalece o posicionamento do estado como elo entre o Brasil e seus países vizinhos. “Estamos expandindo as possibilidades de parcerias que trarão novos fluxos de turistas e geram benefícios para toda a região de fronteira”, afirma.