Me diga, caro leitor, como anda a sua vida? Ou não, não me diga, apenas reflita sobre. Você está vivendo a vida que planejou viver? Ou está andando em círculos, tentando agradar aos outros? É curioso perceber que muitas pessoas vivem frustradas, entristecidas, sentindo-se fracassadas porque não têm a coragem de assumir o controle da própria vida.

Saiba, nós somos os autores, protagonistas e senhores do nosso próprio destino. De nada adianta pedir a ajuda dos Céus, se você não estiver disposto a arregaçar as mangas e construir a vida de sucesso com a qual sonha. Quando falo de sucesso, não me refiro necessariamente aquela ideia glamurosa de luxo, dinheiro, viagens... Pode ser isso também, mas não é só isso. Sucesso é você estar feliz, satisfeito e motivado consigo mesmo, com o seu trabalho, com o seu relacionamento, com a sua formação, enfim, com a sua vida.

Devemos e podemos sonhar com mais, mas temos que estar decididos a agir para concretizar nossos projetos e sonhos. O primeiro passo para isso é tomarmos uma decisão. Se a sua vida não está do jeito que você quer, então tome a decisão de mudar. Se seu emprego já não o empolga mais, tome coragem de pedir demissão e parta para outra experiência. O mundo está cheio de possibilidades.

Como disse Anthony Robbins no livro Desperte Seu Gigante Interior, “existe um poder dentro de nós que precisa ser despertado; começa com a capacidade de tomar decisões que moldem nosso destino”. Ninguém, a não ser eu e você pode mudar ou construir a vida que queremos ter. É preciso dizer que fica mais fácil alcançar metas e objetivos quando nos preparamos intelectualmente para vencer os desafios que virão. Mas todos nós podemos sair do ponto A para o ponto B da nossa realização pessoal, apenas tomando uma decisão: a de começar a mudança agora.

O principal é você decidir ser você mesmo. É fazer o que gosta de fazer, ter em torno de si apenas as pessoas que quer ter, deixar de se acompanhar com pessoas de comportamento negativo e, portanto, destrutivo. Saiba, não há uma adversidade que não possa ser superada com decisão, resiliência e persistência. Entenda, porém: o sucesso também é o resultado de uma soma de fracassos anteriores. Você pode até acertar da primeira vez, mas não desista caso seu projeto não dê certo de pronto. Lembra da música de Raul Seixas? “Tente outra vez”. Eu diria mais: tente quantas vezes for necessário até conseguir o que você quer. Não pare enquanto não conseguir.

Vou contar uma história. Era uma vez um menino pobre, gago e de língua presa (falava a língua do Cebolinha), filho de pais agricultores e semi-analfabetos e que morava numa casa onde não tinha livros. Aos dois anos, nosso amiguinho foi desenganado pelos médicos. Contraíra uma doença então desconhecida, nos idos de 1976. Esse menino, porém, graças ao amor incondicional da sua mãe, que decidiu salvá-lo a qualquer custo, por volta dos seus nove anos de idade teve uma epifania e decidiu que quando crescesse e se fizesse adulto, queria ser comunicador, radialista e jornalista. Perceberam a palavra-chave repetida propositalmente duas vezes na frase anterior? Decisão.

Daquele dia em diante, o menino não fez nada mais que não fosse se preparar para ser o profissional que idealizou para si: ouvia muito rádio e imitava os locutores, fazia exercício em frente ao espelho para vencer a gagueira, lia compulsivamente e, quando adolescente, passou a visitar os estúdios de emissoras de rádio da sua cidade. Imaginava-se falando naqueles microfones que o encantavam. Quando chegou aos 21 anos, lá estava ele falando pela primeira vez ao microfone de uma emissora de rádio, como locutor estagiário. O seu sonho começava a se tornar realidade. Passadas quase três décadas, aquela criança sonhadora se transformou num comunicador de sucesso. Aquele garoto gago é este escriba que vos fala. Prazer!

Não há limites para os nossos sonhos. As crenças limitantes que nos separam da nossa realização pessoal e profissional só existem em nossa mente. Podemos superá-las, se mudarmos a nossa mentalidade. Recorro, novamente, a Robbins: “Seu cérebro aguarda ansioso cada ordem sua, pronto para executar qualquer coisa que lhe pedir.”. É só você dar a ordem e seguir em frente, em busca da sua realização.

Conto outro caso. Há quase dois anos, minha mulher sofreu um acidente de moto que resultou na amputação do seu pé esquerdo. Foi uma tragédia que nos abalou profundamente e mudou drasticamente a nossa vida. Ela poderia ter se entregado à tristeza e à autocomiseração, poderia cair no vitimismo. Mas não foi isso que ela decidiu. Como a Lu costuma me dizer, desde o acidente até hoje não tem um único dia que ela não sinta dor, em maior ou menor intensidade.

Mesmo assim, sabe o que ela fez, passados apenas quinze dias da amputação do seu pé? Levantou da cama, tomou banho, se arrumou e foi para o studio de beleza onde trabalhava antes do acidente. Estava decidida a reconquistar suas clientes. “Em vez de ficar sentindo dores aqui, deitada e me mal dizendo, vou voltar a viver, a trabalhar, a dor não vai me vencer”. Essa foi a decisão de uma guerreira que tem o controle absoluto das suas decisões. Não à toa a amo e admiro tanto.

Então, caro leitor, decida viver sua vida de forma plena. Se algo o está deixando insatisfeito, mude. Mude de trabalho, mude de relacionamento, mude de cidade, mude de vida. Mude tudo, se assim for preciso. Mas, mude primeiro sua atitude diante da vida. Coloque-se em primeiro lugar. Se você não fizer o melhor para você, não conseguirá ajudar ninguém. Lembre-se da orientação das aeromoças antes da partida do avião: “em caso de despressurização da aeronave, coloque a máscara de oxigênio primeiro em você e, somente depois, nas crianças e idosos”. Isso significa que se você não cuidar de você, não conseguirá cuidar de ninguém mais.

Pense seriamente sobre isso. E decida ter a sua vida épica. Aquela que você tem aí dentro do seu coração. Eu torço por você!