“E eu tenho fé na força do silêncio”
(Pouca Vogal)
Vivemos num mundo inundado de estímulos auditivos e visuais. Nossos olhos e ouvidos não têm descanso. Nossa mente vive assoberbada de informações. Por isso mesmo, o silêncio nunca foi tão importante quanto agora.
Em meio ao caos cotidiano, o silêncio tem um poder restaurador. De vez em quando é bom ficarmos calados, sem rádio ou qualquer reprodutor de som ligado, a sós como nossos pensamentos.
A solidão não é necessariamente algo ruim. Não precisa ser. Ficar sozinho tem o poder terapêutico de nos colocar frente a frente com nosso outro eu.
A questão é que quase nunca dedicamos um tempo para apreciarmos o silêncio. É como se tivéssemos medo de ouvir nossos próprios pensamentos. Mas o silêncio pode nos ajudar a refletir sobre questões essenciais à nossa vida.
Por muito tempo tive medo da solidão. Hoje, não mais. Tirar um tempo para apreciar o som do silêncio, para organizar o pensamento, nos desintoxicarmos da enxurrada de informação do dia a dia, ou simplesmente não pensar em nada, é essencial.
Sim, o silêncio acalma. E nós precisamos de calma de vez em quando nesse mundo agitado de mais. Precisamos desacelerar, ver a vida em câmera lenta para apreciarmos cada detalhe.
O escritor Haruki Murakami tem um livro intitulado: Ouça a canção do vento. Sim, precisamos parar para ouvir a canção do vento. Seus acordes podem ser belos e inspiradores. Tente!
Quem fala demais pode incorrer em erros fatais. Mais vale ouvir. Aprendi a ser um bom ouvinte. Foi assim que aprendi muita coisa na vida, além de ter sido brindado por histórias maravilhosas contadas por meus amigos idosos.
Dê-se o direito de apreciar o silêncio. Ele pode lhe dizer coisas indispensáveis para uma vida mais saudável e feliz.
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