Na eleição municipal de 2024, Arthur Henrique (MDB), atual prefeito de Boa Vista, garantiu uma vitória esmagadora sobre sua principal oponente, Catarina Guerra (União), ao conquistar mais de 75% dos votos válidos, consolidando-se como uma das lideranças políticas mais influentes da capital de Roraima. O resultado, embora expressivo, já era apontado por pesquisas eleitorais nas semanas que antecederam o pleito, que indicavam uma grande vantagem para Arthur. Com uma gestão marcada por uma série de obras de infraestrutura e políticas públicas voltadas para a melhoria dos serviços de saúde e educação, o candidato conseguiu consolidar sua imagem junto ao eleitorado boa-vistense.
Arthur Henrique contou com o apoio de uma ampla coligação partidária, mas, acima de tudo, beneficiou-se de sua alta aprovação como prefeito. A continuidade de suas políticas e projetos, aliados a uma gestão eficiente, garantiram uma expressiva margem de votos, superando a principal adversária, Catarina Guerra, candidata pelo Partido União Brasil, que obteve apenas pouco mais de 22% dos votos.
A derrota de Catarina Guerra, no entanto, não foi apenas fruto do sucesso de Arthur. Internamente, a candidatura de Guerra enfrentou grandes dificuldades, a começar pela falta de união dentro de seu próprio partido. O União Brasil, que vinha demonstrando força em eleições anteriores, chegou dividido à corrida eleitoral, com uma disputa interna insana, promovida pelo deputado federal Nicoletti, que enfraqueceu a campanha da candidata. Além disso, o grupo político do governo estadual, que deveria ser um importante pilar de sustentação para Catarina, também se mostrou fragmentado, o que reduziu sua capacidade de se projetar como uma alternativa viável à reeleição de Arthur Henrique.
Conforme apontavam as pesquisas de intenção de voto, Catarina Guerra tinha uma tarefa difícil pela frente. Embora sua campanha tenha tentado explorar temas relevantes, como o protagonismo feminino, a segurança pública e propostas de desenvolvimento econômico para Boa Vista, a falta de apoio coeso dentro de seu grupo político impediu que essas ideias ganhassem a força necessária para se contrapor ao favoritismo de Arthur Henrique. As divisões internas do União Brasil criaram um ambiente de instabilidade, deixando o eleitor em dúvidas e refletindo diretamente no desempenho da candidata nas urnas.
Outro fator que contribuiu para a ampla vantagem de Henrique foi a sua habilidade em se comunicar diretamente com a população e demonstrar os avanços de sua gestão. Durante a campanha, ele utilizou amplamente as redes sociais e eventos públicos para apresentar resultados concretos de seus quatro anos de mandato, como a expansão da rede de creches e o aumento de investimentos em infraestrutura urbana, dois dos principais pilares de sua administração. Isso, aliado à sua imagem de gestor eficiente, tornou-se um diferencial determinante na escolha dos eleitores.
Por outro lado, Catarina Guerra, que inicialmente foi vista como uma candidata promissora, não conseguiu capitalizar suas propostas de forma suficiente. A ausência de uma campanha mais articulada e a falta de apoio sólido dentro de sua base dificultaram o crescimento de sua candidatura. Em um cenário de intensa polarização local, essas fragilidades foram cruciais para o resultado final.
Com a vitória, Arthur Henrique tem agora o desafio de manter o ritmo de sua administração e atender às expectativas de um eleitorado que o escolheu, de forma expressiva, para continuar no comando de Boa Vista. Os próximos quatro anos serão marcados pela necessidade de consolidar os avanços prometidos e enfrentar os novos desafios que surgirem para a capital. A oposição, por sua vez, terá de se reorganizar e buscar novas estratégias, especialmente no caso de partidos como o União Brasil, que precisarão lidar com as divisões internas se quiserem desempenhar um papel mais relevante nas próximas eleições.