O serviço de defesa sanitária vegetal do Governo do Estado, por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), vem realizando trabalhos de prevenção para evitar o surgimento de pragas potenciais causadoras de prejuízo nas lavouras. Os fiscais agropecuários engenheiros agrônomos da Agência visitaram a comunidade indígena Alto do Arraia, em Bonfim, com o objetivo de levar importantes informações aos produtores a fim de garantir a produção de alimentos livre de pragas, seguros e saudáveis.
Com ênfase no controle da praga quarentenária mosca da carambola, os fiscais deram orientações sobre o trânsito de produtos vegetais hospedeiros, medidas de prevenção para evitar a entrada e a dispersão da praga. Na oportunidade, também foram esclarecidos os critérios para emissão da Guia de Trânsito Vegetal para frutos hospedeiros da mosca.
A Educação Sanitária é uma ação que faz parte dos serviços prestados pela Aderr. As plantas podem ser acometidas por bactérias, insetos, fungos e muitos tipos de micróbios que causam danos ao agricultor, pois inviabilizam sua produção, causando sérios prejuízos, levando a perdas irreparáveis para o produtor rural.
Na próxima semana, no período de 24 e 26 de Agosto de 2021, os fiscais vão continuar levando a Educação Sanitária vegetal e animal nas comunidades indígenas de Tarau Paru e Sakamutá, no município de Pacaraima, com visita técnica às áreas de cultivo da banana, visto que as comunidades estão localizadas na fronteira com a República Bolivariana da Venezuela, área de risco para entrada de pragas quarentenárias no país.
As Pragas Quarentenárias
São pragas controladas pelos programas oficiais do Governo do Estado. Elas têm programas definidos por leis por serem potenciais causadoras de perdas à produção agrícola. Conforme explicou o diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcelo Parisi, as plantas hospedeiras dessas pragas são muito fiscalizadas e seu trânsito é bem controlado para evitar a dispersão.
Agora com a portaria nº 1482, de 19 de julho de 2021, instituída pelo Governo do Estado, por meio da Aderr, o produtor vai ter condições de negociar sua produção na capital, gerando renda para muitas famílias e dando para os consumidores opções de preço e de escolha produtos. O trânsito será permitido por meio da emissão de GTV.
Guia de Trânsito Vegetal
A GTV em Roraima é o documento exigido para que o produtor possa comercializar seus produtos isentos de pragas de importância econômica e fitossanitária, atendendo requisitos normativos, pois com ele torna-se mais eficaz o controle e prevenção da disseminação de pragas fitossanitárias.
A dispersão da praga mosca da carambola (Bactroceracarambolae) se dá, principalmente, por meio do transporte de frutos hospedeiros de áreas sob quarentena para regiões sem ocorrência da praga.
O trânsito intraestadual de frutos hospedeiros (caju, manga, taperebá, biribá, acerola, muruci, araçá-boi, pitanga, goiaba, goiaba-araçá, jambo-vermelho, carambola, sapoti, abiu, tangerina, laranja-da-terra e pimenta-de-cheiro) da mosca da carambola no Estado, deverá estar acompanhado da GTV, que obedece à origem e destinos das partidas.
O presidente da Aderr, Kelton Lopes, salientou a importância da GTV para o deslocamento da produção das propriedades até a Capital. “A GTV é o documento que garante o trânsito do produto. Ela assegura que as frutas que estão sendo transportadas para o comércio estão em ótimas condições sanitárias”, afirma.