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Podcast da Assembleia Legislativa de Roraima Aborda Avanços e Desafios para a População LGBTQIA+

Entre as conquistas estão o direito de doar sangue e o reconhecimento do nome socia

Luiz Valério
Por: Luiz Valério Fonte: Supcom/ALERR
18/05/2024 às 10h20
Podcast da Assembleia Legislativa de Roraima Aborda Avanços e Desafios para a População LGBTQIA+
Podcast reuniu várias ativistas do movimento LGBTQIA+ - Foto: Nonato Souza

Em celebração ao Dia Nacional de Combate à Homofobia, nesta sexta-feira (17), a TV Assembleia (canal 57.3) transmitiu o podcast “Homofobia é Crime”. O programa foi gravado no Estúdio Jornalista Márcia Seixas, da Rádio Assembleia (98,3 FM), e também foi transmitido simultaneamente nas redes sociais do Poder Legislativo. O episódio completo pode ser assistido [aqui](https://www.youtube.com/watch?v=Y416lxyades).

O jornalista Josué Ferreira conduziu a discussão, que abordou temas cruciais relacionados à legislação contra a homofobia e aos desafios enfrentados pela população LGBTQIA+. As participantes destacaram tanto os avanços alcançados quanto as barreiras ainda existentes para essa comunidade.

Avanços e Desafios na Casa Legislativa

Josué Ferreira enfatizou a importância de discutir as questões LGBTQIA+ dentro da Assembleia Legislativa. “A Assembleia Legislativa abre novamente as portas e dessa vez temos a oportunidade de discutir no Dia Internacional e Nacional contra a LGBTfobia, mostrando onde se avançou e onde se precisa ainda avançar.

Os dados mostram que o Brasil ainda é o que mais mata pessoas trans entre todos os países, exigindo uma resposta efetiva do poder público”, afirmou.

Progresso na Diversidade Sexual em Roraima

Sebastião Diniz, presidente da Associação Roraimense pela Diversidade Sexual - Grupo DiveRRsidade, destacou os avanços significativos ao longo dos 22 anos de luta da entidade. Entre eles, estão o direito de doar sangue e a conquista do uso do nome social. Ele também mencionou a ampliação das discussões sobre moradia, empregabilidade e segurança pública no atual governo. No entanto, Diniz criticou a persistência da violência e do conservadorismo em Roraima, apontando a necessidade de maior aceitação e implementação de políticas inclusivas, especialmente no ambiente esportivo e educacional.

Educação e Conscientização

A professora Sandra Santos, ativista pelos direitos das mulheres transexuais, elogiou a iniciativa da ALE-RR, apesar de apontar a conservadorismo prevalente em muitas Casas Legislativas. Sandra ressaltou a urgência de políticas educacionais que identifiquem e combatam a violência de gênero desde cedo. Regy Carvalho, coordenadora da ONG Mães da Resistência de Roraima, sublinhou que a educação é fundamental para desconstruir o preconceito, afirmando que instruir sobre diversidade não influencia a orientação sexual das crianças, mas promove o respeito e a inclusão.

Desafios Persistentes

Rebecka Marinho, travesti e servidora pública, destacou as dificuldades que ainda persistem, mesmo com a aprovação da lei do nome social há dez anos. Ela mencionou que problemas na aceitação do nome social por parte de escolas e outros setores resultam em evasão escolar e maior vulnerabilidade dos jovens trans ao crime organizado. Rebecka criticou a falta de diálogo dos conselhos tutelares sobre essas questões, enfatizando a necessidade de ações concretas e efetivas.

Barreiras Jurídicas e Necessidade de Dados

Fabiana Rikils, vice-presidente da Comissão de Diversidade e Direitos Homoafetivos da OAB-RR, abordou as barreiras legais ainda enfrentadas, mesmo após a decisão do Supremo Tribunal Federal de criminalizar a homofobia em 2019. Ela explicou que dificuldades surgem desde a denúncia nas delegacias até a execução de decisões judiciais. Rikils afirmou que a OAB Roraima está trabalhando para garantir que as decisões sobre o uso do nome social sejam respeitadas.

Sandra Santos compartilhou sua trajetória para obter o reconhecimento jurídico do seu nome social antes da decisão do STF, destacando a necessidade de maior empregabilidade para pessoas trans e melhores registros de crimes contra a população LGBTQIA+. “O Estado precisa entender que são os dados que permitem propor qual política pública deve ser implantada”, ressaltou.

Conclusão

O podcast “Homofobia é Crime” evidenciou tanto os avanços quanto os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ em Roraima. Embora tenham sido conquistados direitos importantes, como o de doar sangue e o uso do nome social, a luta contra a violência e o preconceito continua sendo uma prioridade. A Assembleia Legislativa de Roraima, por meio de iniciativas como essa, desempenha um papel crucial na promoção da igualdade e no combate à discriminação, mostrando que há um caminho a ser trilhado para alcançar uma sociedade mais justa e inclusiva.

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